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Na Câmara de Aracaju, Fábio Mitidieri mostra ter menos relevância que André Moura e a estrutura da prefeitura

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • há 2 minutos
  • 2 min de leitura
Foto: assessoria de Yandra de André Moura
Foto: assessoria de Yandra de André Moura

Com a ânsia de vencer a disputa pela Prefeitura de Aracaju em 2024, Emília Corrêa (PL) e seu agrupamento ignoraram a necessidade de construir candidaturas ao Legislativo que garantissem governabilidade. Um exemplo inapelável disso é o fato de o PL ter votos para eleger quatro vereadores, mas só eleger dois porque as demais candidaturas não atingiram a cláusula de barreira. Assim como faltou planejamento na eleição, tem faltado na condução política.


Recentemente, uma crise se formou entre Emília e os vereadores. Ela errou ao exigir publicamente que se comportassem como os deputados estaduais da base de Fábio Mitidieri (PSD), que não fazem críticas ao governador. Em seguida, o então porta-voz da gestão teve a brilhante ideia de entrar em confronto com Yandra de André Moura (União).


Esses dois episódios causaram incômodo na Câmara, especialmente o envolvendo Yandra. Em ambos, Mitidieri tentou — e conseguiu, pelo espaço que tem na mídia — tirar o protagonismo dos vereadores, que considera “seus”, e trouxe a crise para si, gerando uma sensação de ameaça política à gestão. Mas a realidade é outra.


A importância de Fábio para os vereadores de Aracaju fica atrás de André Moura (União) e dos cargos da prefeitura. Quando Fábio diz “ter” 21 vereadores, ele inclui como “seus” os 11 eleitos com apoio de André. Nem mesmo todos os vereadores do PSD são “dele” — alguns chegaram à Câmara com apoio de Yandra e André em 2024.


Diferentemente de Fábio, não me recordo de André se referir aos vereadores como “seus”, nem de agir como quem manda neles. Pode até o fazer nos bastidores, mas publicamente faz questão de tratar cada um com relevância e independência política. E há relatos de que a atenção que André dispensa aos aliados costuma superar, e muito, a do próprio governador.


Ricardo Vasconcelos (PSD), presidente da Câmara, teve no apoio de André o ponto decisivo para sua eleição e reeleição ao comando da Casa. Mesmo no partido de Fábio, foi apoiado por Yandra. Como Fábio pode olhar para esse vereador e chamá-lo de “meu”?


André Moura é a chave da governabilidade de Emília Corrêa na Câmara, tanto é que a ofensa a Yandra gerou mais reações dos vereadores do que o pedido de silêncio de suas próprias vozes. Apesar de Fábio ter tentado tomar o protagonismo, ficou claro que André pesa muito mais nessa relação. Emília pode até não apoiar o governador em 2026, mas dificilmente poderá negar apoio a André Moura ao senado sem que isso traga dores de cabeça na Câmara.


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