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Foto do escritorAndré Carvalho

A história se mostrou implacável. Tchau, querido!


Deltan Dallagnol
Foto: Gabriel Tiveron

Na noite desta terça-feira, 16 de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o registro de candidatura de Deltan Dallagnol, do Podemos. A decisão, unânime, cassou o mandato do ex-procurador da lava-jato.


O relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, compreendeu que Deltan pediu exoneração do cargo de procurador para fugir de processo administrativo disciplinar, o que fere a legislação vigente. A exoneração de Deltan foi solicitada 16 dias após o Conselho Nacional do Ministério Público determinar a demissão de um parceiro de força tarefa. O entendimento do relator foi seguido por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Carlos Horbach, Nunes Marques, Raul Araújo e Sérgio Banhos.


Cumprindo-se a sentença dita por Dilma Rousseff, PT, quando do golpe, de que a história seria implacável com os que naquela época se julgavam vencedores, o ex-procurador da lava-jato foi cassado do mandato de deputado federal por uma decisão que teve como base a Lei da Ficha Limpa.


A breve passagem de Dallagnol pelo Congresso está num nível de qualidade equivalente ao que vimos quando ele surpreendeu o país com um PowerPoint risível contra Luiz Inácio Lula da Silva, PT. Assim como Sérgio Moro, UB, Deltan será lembrado como um dos muitos que têm atentado contra a democracia brasileira. Num medíocre rol de traidores da pátria.


O processo de cassação foi provocado pela Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV e pelo PMN. Antes de chegar ao TSE, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rejeitou o pedido.


Mantendo a coerência em não ter coerência, o político cassado disse, por meio de nota, que 344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas, ignorando que por meio das artimanhas dele e de seus companheiros de força-tarefa, o desejo do povo brasileiro de ver Lula assumir seu terceiro mandato foi adiado. Em 2018, silenciaram Lula e elegeram o pior de nós.


Eles tentaram silenciar o desejo do povo, mas Lula chegou ao seu terceiro mandato e durante o governo Lula 3, a máscara daqueles que corromperam nossa democracia, que já havia caído, foi transformada em pó.


Os lavajatistas diziam querer combater a corrupção, mas o tempo mostrou que eles queriam combater um projeto político que coloca a busca por uma sociedade menos desigual no centro das ações. Eles foram sócios e cúmplices do governo de Jair Bolsonaro, PL, e trabalharam em 2022 pela continuidade daquele governo que já sabíamos ser extremamente corrupto.


Deltan sai da política pela porta dos fundos, sem nunca ter esboçado frutificar algo de bom. Dilma disse que não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. Estava correta. Aqueles que vencem através de atos reprováveis terão sua face desnudada em praça pública, assombrando a todos com o seu horror. Tchau, querido. Grande dia!


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