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Com vitória de Emília Corrêa, Valmir perde protagonismo no PL em Sergipe

Foto do escritor: André CarvalhoAndré Carvalho
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Durante o processo eleitoral de 2022, Valmir de Francisquinho (PL) foi alçado à condição de grande liderança estadual. Apesar do excelente desempenho nas urnas, sua candidatura foi frustrada por entraves jurídicos. Ainda assim, Valmir consolidou-se como o principal nome do PL em Sergipe. Contudo, a vitória de Emília Corrêa (PL) parece ter reposicionado o prefeito de Itabaiana como uma força assessória no partido.


Valmir de Francisquinho está no PL desde 2009, quando o partido era parte da base do governo Lula (PT), e permaneceu mesmo durante o declínio moral da sigla — que nunca teve elevação moral como marca. Apesar de sua lealdade ao partido e do capital eleitoral que trouxe, é sabido em Sergipe que Valmir nunca deteve o controle da legenda, papel exercido por Edvan Amorim (PL).


A relação entre Valmir e Edvan era de dependência mútua: enquanto Valmir não tinha força para comandar um partido relvante no estado, Edvan e sua família não gozavam da confiança popular, encontrando em Valmir um aliado eficiente em conquistar votos. Porém, as peças no tabuleiro político mudaram.


Com os resultados eleitorais de 2022 e a eleição de seu filho ao mandato de deputado federal, Valmir acumulou capital político para pleitear a liderança de um partido. Edvan também se reposicionou. Com a eleição de Emília, seu grupo encontrou uma nova liderança “boa de urna” e mais generosa com os Amorins na máquina pública, chegando a entregar a pasta da educação aos Amorins e a indicação de outros espaços-chave. 


Sendo assim, Valmir se tornou menos essencial e, por seu perfil, menos estratégico. Além disso, Valmir conta com a desconfiança dos bolsonaristas fanáticos e encontra em Rodrigo Valadares (União) mais um boicotador no partido. Enquanto Edvan mantém relação com Valdemar da Costa Neto (PL) para segurar o partido, Rodrigo explora a relação com Jair Bolsonaro (PL) para disputar os rumos do PL — Valmir fica sem muito espaço nessa disputa. 


Não sendo mais essencial aos líderes do partido, o natural é que Valmir busque novos rumos se quiser manter a posição de liderança estadual, caso contrário, não será somente a justiça que poderá frustrar seus planos. Na composição de espaços na gestão de Emília, Valmir chegou a tentar fazer indicações, saindo frustrado. Está nítido que aqueles que comandam o PL em Sergipe não possuem interesse em conferir robustez aos projetos políticos de Valmir, resta a ele se desapegar do “22” e buscar conservar sua relevância política, ou resignar-se ao papel de coadjuvante no projeto de outros.


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