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Direita contra direita: Aracaju entre o mal e o atraso

Foto do escritor: André CarvalhoAndré Carvalho
Fotos: assessorias

Na campanha de segundo turno, Aracaju encontra-se dividida entre o mal e o atraso, num cenário amplamente desconfortável para o campo progressista, atento ao que está em jogo. Duas chapas de direita, uma orgulhosa e outra disfarçada, disputam os rumos de nossa capital.


Emília Corrêa (PL) representa uma direita nostálgica dos tempos de João Alves (em memória), que se mostra avessa ao progressismo, mesmo incluindo bandeiras progressistas em seu plano de governo. A candidata mostrou que, assim como seu oponente, aceita tudo de pior ao seu lado na busca pelo poder.


Luiz Roberto (PDT), apesar de filiado a um partido de centro-esquerda, é representante de um grupo de direita, capaz de entregar tudo que o povo tem ao mercado. Seu vice, Fabiano Oliveira (PP), também é um representante do passado conservador de Sergipe, tendo sido candidato a vice na chapa de João Alves — derrotados por Marcelo Déda (em memória).


Ao lado desses, vemos políticos que envergonham Sergipe. Emília com os irmãos Amorim e Rodrigo Valadares (União), Luiz com Fábio Mitidieri (PSD) e Laércio Oliveira (PP). Infelizmente, há mais em comum entre os dois projetos políticos do que o campo progressista gostaria de admitir.


Há um impulso inicial de comprar Luiz como de esquerda para adoçar o amargo cenário, porém, ele não representa um projeto ideologicamente distante do de Emília. Ambos os grupos demonstram fortalecem o bolsonarismo e demonstram um viés contrário ao que os direitos humanos e a classe trabalhadora precisam.

O grupo de Luiz privatizou a Deso, persegue os professores, hasteia bandeira de Israel durante um genocídio na Palestina, privatiza serviços essenciais como a saúde pública e exclui as religiões afro de suas festividades. Essa descrição parece capaz de descrever ambas as chapas.


O segundo turno é direita contra direita, uma mais disfarçada e outra mais evidente. É uma prateleira do mercado oferecendo o mal e o atraso. Não é um “Dilma conta Aécio”, é um “Aécio contra Aécio”. Seja qual for o resultado, não refletirá os valores e necessidades da classe trabalhadora e dos defensores dos direitos humanos. Ambos os candidatos representam um afastamento das políticas progressistas que promovem a justiça social, a igualdade e o bem-estar coletivo.


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