Emília Corrêa sai em defesa de Jair Bolsonaro; Fábio Mitidieri ignora campanha de boicote ao Brasil

Foto: assessoria do Governo de Sergipe

A campanha de boicote ao Brasil liderada pela família de Jair Bolsonaro (PL) tem gerado revolta na população brasileira. Através da atuação de Eduardo Bolsonaro (PL), Donald Trump taxou em 50% todos os produtos brasileiros e condicionou uma diminuição do percentual a submissão do judiciário brasileiro aos interesses do presidente estadunidense e seus aliados. 

Com a clara tentativa de obstrução de justiça, o Supremo Tribunal Federal determinou o uso de tornozeleira eletrônica por parte de Jair Bolsonaro. Em resposta a isso, a prefeita bolsonarista de Aracaju, Emília Corrêa (PL), que ficou conhecida nacionalmente com o meme da leoa, citou sua atuação enquanto defensora pública para se posicionar contra a decisão.

Com o posicionamento, Emília mostrou sua total indiferença ao Brasil, ao povo brasileiro, e se calou aos ataques que nossa soberania tem sofrido por parte de Donald Trump e Bolsonaro. E, após cobrança de Rodrigo Valadares (União), que tem sua mãe como secretária da gestão de Emília Corrêa, a prefeita mostra que do patriotismo prefere a estética e a retórica despida de ação do que a defesa real do Estado Brasileiro.

Já o Fábio Mitidieri (PSD), visando a sua reeleição, não se manifestou sobre os ataques que a família Bolsonaro tem realizado contra o Brasil. Mesmo Sergipe podendo ter sua economia afetada porque exportar suco de laranja para os Estados Unidos, o governador adota o silêncio sobre a ação vergonhosa dos golpistas para repetir a mesma tática de 2022 e agradar os bolsonaristas enquanto não assusta os lulistas.

Em 2022, a única preocupação de Mitidieri era a sua própria eleição. Mesmo Bolsonaro sendo um perigo para a democracia, Fábio não estava disposto a defender esse bem coletivo e arriscar o seu projeto pessoal. Naquele ano, Mitidieri lançou Laércio Oliveira (PP) ao senado, um dos maiores bolsonaristas de Sergipe, e, em sua chapa, vimos deputados federais bolsonaristas sendo eleitos, como Rodrigo Valadares (União), Yandra de André (União), Thiago de Joaldo (PP) e outros. 

Mesmo assim, sem eleger ninguém de esquerda, sem nenhum deputado federal de sua chapa ajudar Lula no primeiro e no segundo turno, ele se afastou da polarização, apostando que num segundo turno ele se beneficiaria tendo baixa rejeição de ambos os lados.

Agora, no governo, Fábio Mitidieri vai buscar sua reeleição repetindo a mesma tática. Sua chapa ao senado já mostra que de esquerda não terá muita coisa, André Moura (União) e Alessandro Vieira (MDB) devem ser seus candidatos. Para presidente, já fez aceno para Ratinho Júnior (PSD) e para Caiado (União), mas ainda tem Eduardo Leite (PSD) e Tarcísio de Freitas (PSD) como possibilidades.  

Com isso, na próxima campanha de Emília Corrêa seria adequado o uso do slogan “Estados Unidos acima de tudo, Bolsonaro acima de todos”. Porém, a ação de Emília não deve ofuscar que a maioria da bancada que envergonha Sergipe em Brasília foi eleita na chapa de Mitidieri e, se depender dele, em 2027 não teremos Lula em Brasília e ainda teremos André Moura por lá.

Matéria derivada da produção audiovisual do Sergipense