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Foto do escritorAndré Carvalho

Funesa e FHS unem forças contra política de desmonte da saúde pública do governo Mitidieri


Foto: Sintasa

Os servidores da Fundação Estadual de Saúde (Funesa) e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) unem força contra o projeto de desmonte do serviço público de saúde encabeçado pelo governador Fábio Mitidieri (PSD). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e a garantia dos empregos, sob ameaça pelo projeto em curso de entrega da gestão da saúde pública ao setor privado.


Nesta quarta-feira, 26 de julho, durante paralisação dos trabalhadores da Funesa, os servidores da Funesa e da FHS deliberaram por uma paralisação conjunta por 72h, que ocorrerá de 8 a 10 de agosto. O intuito dos trabalhadores é que as negociações com o governador ocorram de forma conjunta, possibilitando maior força na negociação.


Visando ampliar a paralisação conjunta dos trabalhadores das fundações de saúde, o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) convocará Assembleia Extraordinária com os servidores da Fundação Parreiras Horta. As paralisações acompanharão atos públicos no dia 8, das 7h às 11h, na frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e nos dias 9 e 10, das 7h às 11h, na Praça General Valadão.


Segundo o presidente do Sintasa, Augusto Couto, é preciso ter um prazo claro para a resolução das problemáticas apresentadas, caso contrário, só estará protelando algo que já deveria estar resolvido. Couto critica a proposta em construção do governo, que não garante a estabilidade de emprego dos 6.636 trabalhadores da FHS. Desses, 1.354 poderiam perder o emprego.

O Sergipense ouviu relatos de servidores preocupados com a política de desvalorização dos trabalhadores. Os funcionários das fundações não receberam reajuste salarial e já sofrem com o aumento do percentual cobrado pelo IPES, causando uma redução salarial para esses trabalhadores. Além disso, há uma preocupação com relação ao vínculo trabalhista, uma vez que o governador demonstra interesse em substituir as fundações por Organizações Sociais (OSs).


“As fundações estão sob ameaça de extinção novamente, o governador já falou que vai adotar o modelo de OSs na saúde do estado. Está usando o processo que está no MPF, sobre readequação do contrato da FHS com o estado, para justificar a mudança de modelo de gestão. É uma questão de vontade política do governador, para ele não interessa manter o modelo fundacional. Para mim, os interesses por trás disso estão claros, repartir a gestão pública entre OSs, atendendo os aliados e não garantindo os direitos trabalhistas”, disse uma trabalhadora.


A trabalhadora acrescentou que “o modelo de gestão por OS não funciona, é só outro nome para terceirização. Como tudo isso está sendo feito usando o processo do MPF contra a FHS, o governador não autoriza conceder o reajuste nem para os servidores da FHS e nem para os servidores das outras duas fundações. Estamos juntos com a Funesa e a Fundação Parreiras Horta sem reajuste”.


Em abril, a Alese aprovou uma lei que permite com que o governo Mitidieri transfira a prestação de serviços públicos, nas mais diversas áreas do Estado, para o setor privado sem que necessite de aprovação dos deputados estaduais. Além da privatização dos serviços da Deso, o governador comprova o que a oposição na Alese denunciou: está em curso um projeto de desvalorização dos servidores públicos em Sergipe.


O modo de governar de Fábio Mitidieri tem predileção pela privatização disfarçada dos serviços públicos. É preciso questionar se as OSs e as parcerias público-privadas são as melhores formas de atender ao povo. É o Estado se negando a empregar com qualidade e preferindo contratos que podem atender aos interesses do mercado e dos grupos políticos que apoiam o governo.


 

Com informações Sintasa e NE Notícias.


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