“Meu nome é Gal”, cinebiografia que retrata o início da carreira de Gal Costa (1945-2022) estreia no Brasil nesta quinta-feira, 12 de outubro. Dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, o filme retrata os primeiros passos profissionais daquela que se tornaria a maior cantora do país. De “Domingo”, que lançou ao lado de Caetano Veloso, ao icônico “FA-TAL”.
O projeto vem sendo construído desde 2017, quando Dandara dirigiu a série documental “O nome dela é Gal” para o canal HBO, tendo contado com a aprovação e entusiasmo da cantora. Aguardado com ansiedade pelos fãs, o projeto teve de ser adiado em decorrência da pandemia e não chegou a ser visto pela cantora.
Sophie Charlotte interpreta Gal, e cumpre a missão de apresentar Maria da Graça Penna Burgos Costa ou Gracinha, como era conhecida em Salvador no início de sua carreira, e a transformação dela na sempre gigante Gal Costa, quando dava seus primeiros passos comerciais já no Rio de Janeiro, ao lado de Gilberto Gil (Dan Ferreira), Maria Bethânia (Dandara Ferreira) e Caetano Veloso (Rodrigo Lelis).
A intenção das diretoras era ser uma justa homenagem em vida para Gal, entretanto, o impiedoso destino fez com que a homenagem fosse póstuma e um acalento para os fãs da baiana. Apesar de a obra abarcar apenas 5 dos 57 anos da carreira de Maria da Graça, consegue demonstrar o amor pelo ofício de cantar e a constante metamorfose estética e musical que marcaram toda sua carreira.
No filme, Sophie canta a obra de Gal e surpreende com a forma como conseguiu se apropriar do jeito e trejeitos da cantora, que surge como uma contida cantora de bossa nova e que se consolidação como uma cantora plural que modernizou o canto popular brasileiro, voz feminina da tropicália, movimento da contracultura.
Gal foi música, mas, também, resistência. Encarou o período de ditadura militar e segurou o legado do tropicalismo quando Gilberto Gil e Caetano Veloso foram exilados. Em “Domingo”, o Brasil conheceu a voz doce e encantadora de Gal e se surpreende com sua explosão em “Divino e maravilhoso”, quando canta alto que “é preciso estar atento e forte”, em plena ditadura.
A cantora não mais de bossa nova, mas também tropicalista, roqueira, brasileiríssima e extremamente plural vai se tecendo até chegar em “Fa-tal”, também conhecido como “Gal a todo vapor”, que surpreende com a potência e ousadia da maior voz do Brasil e coroa a carreira de Gal.
O filme é uma das muitas homenagens a essa voz que tanto emocionou o país em seus 57 anos de carreira. Gal foi música até seu desencarne, sendo expressão da beleza do nosso povo, traduzindo de forma única o que somos através do mais belo som. Gal vive e viverá no canto do povo brasileiro.
O filme estará em exibição no Cine Vitórias nos dias 14/10 às 16h15, 15/10 às 16h45 e 16/10 às 18h30. O filme também será apresentado no Espaço Alquimia Cultural e demais cinemas da capital, porém, sem programação definida até o momento.
Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis, Camila Mardila, Luis Lobianco, Dan Ferreira, Dandara Ferreira, Chica Carelli e George Sauma
Ficha Técnica:
Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi
Roteiro Final: Lô Politi
Roteiro: Lô Politi, Maíra Buhler e Mirna Nogueira
Direção de Fotografia: Pedro Sotero
Direção de Arte: Juliana Lobo, Thales Junqueira
Figurino: Gabriella Marra
Maquiagem: Tayce Vale
Som Direto: Abrão César
Edição de Som: Beto Ferraz
Mixagem: Toco Cerqueira
Trilha Sonora: Otavio de Moraes
Montagem: Eduardo Gripa e Eduardo Serrano
Produção Executiva: Jatir Eiró, UPEX, Mariana Marcondes
Produtores Associados: Dandara Ferreira e Jorge Furtado
Produzido Por: Marcio Fraccaroli, Lô Politi, André Fraccaroli, Veronica Stumpf
Distribuição: Paris Filmes
Codistribuição: SPCINE, Secretaria Municipal de Cultura
Patrocínio: Rede D’Or, Hering
Apoio: ProAC, Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de SP, Governo Federal, Lei Aldir Blanc, BRDE, FSA, ANCINE, (bandeira nacional)
Coprodução: Globo Filmes, Telecine e California Filmes
Produção: Paris Entretenimento e Dramática Filmes