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Foto do escritorAndré Carvalho

Privatização dos serviços da Deso lança alerta sobre candidaturas governistas

Fotos: assessorias

A privatização dos serviços da Deso, realizada sem ampla participação da sociedade sergipana, ignorando o direito dos municípios e deixando de lado o papel social da empresa, aconteceu em meio a campanha eleitoral e contou com a participação de atores extremamente envolvidos com o pleito. A ida desses personagens à B3, em São Paulo, para vender o que do povo sergipano é, demonstra um viés perigoso nas campanhas que esses representam.


As candidaturas de Luiz Roberto (PDT), Danielle Garcia (MDB) e Yandra de André (União) estão diretamente alinhadas com o governo de Fábio Mitidieri (PSD), que articulou toda a privatização sem permitir um debate amplo sobre os riscos desse processo. O contrato estabelece que aumentos de tarifas só serão permitidos após a eleição de 2026, quando Mitidieri tentará a reeleição, mascarando o verdadeiro impacto que a privatização terá sobre os consumidores.


Os padrinhos e aliados dessas candidaturas estiveram presentes em São Paulo para aplaudir a entrega dos serviços da Deso por 35 anos. Luiz Roberto foi representado por figuras de peso como o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), o senador bolsonarista Laércio Oliveira (PP) e Júlio Filgueira (PCdoB). Danielle Garcia conta com o apoio de Alessandro Vieira (MDB), que fez questão de endossar o projeto de Mitidieri ao lado de seus aliados, como Milton Andrade. 


Nomes ligados a Yandra de André como Jorge Teles e Samuel Carvalho (Cid), candidato a prefeito de Socorro, também marcaram presença. Além disso, o deputado Cristiano Cavalcante (União), aliadíssimo de Yandra, foi um dos responsáveis pelo êxito da campanha privatista na Alese.


A gestão de Edvaldo Nogueira, assim como a de Mitidieri, tem sido marcada pela terceirização de serviços e desvalorização dos servidores públicos. Esse modelo neoliberal de administração, evidenciado nas candidaturas que agora se apresentam, gera preocupação entre os sindicatos e movimentos sociais. Diversos representantes dos servidores municipais se posicionaram firmemente contra o candidato apoiado pelo atual prefeito, como forma de retribuir a postura de falta de diálogo que Edvaldo exerceu durante seu mandato.


Essas candidaturas, alinhadas ao projeto de privatização, representam uma grave ameaça ao futuro de Aracaju, sinalizando um aprofundamento das políticas que enfraquecem o papel do Estado e o bem-estar da população. Se no discurso os candidatos governistas falam em valorizar o serviço público, suas conexões demonstram o caminho oposto.


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