Após desmonte da direita, governo Lula reativa FAFEN e fortalece Petrobras em Sergipe
- André Carvalho
- há 3 dias
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A presença da Petrobras em Sergipe é apontada como essencial para o desenvolvimento socioeconômico do nosso estado. Entretanto, com o processo de sucateamento da estatal durante os recentes governos de direita, a Petrobras reduziu drasticamente sua atuação em Sergipe. Um dos braços importantes da empresa era a Fafen, que foi retirada do controle da estatal em 2020, durante o governo Bolsonaro (PL), e agora terá sua operação retomada pela empresa pública.
A Petrobras assinou um acordo com o grupo Unigel para retomar duas fábricas de fertilizantes, uma na Bahia e outra, maior, aqui em Sergipe. Ambas haviam sido arrendadas ao setor privado em 2020 e estavam com suas atividades paradas desde 2023, devido aos altos custos de produção. Apesar de ainda depender de homologação no Tribunal Arbitral, a expectativa da Federação Única dos Petroleiros (FUP) é de que as atividades sejam retomadas já em outubro deste ano.
A volta da Fafen para Sergipe, agora sob controle da Petrobras, representa um importante contraponto às medidas de desmonte da estatal nos últimos anos, quando operações estratégicas foram entregues à iniciativa privada. Trata-se de uma correção de rota que devolve ao Estado o papel de indutor do desenvolvimento nacional.
Além de sua relevância na geração de empregos diretos e indiretos, a Fafen é estratégica para o setor agrícola brasileiro. Atualmente, 80% dos fertilizantes utilizados no país são importados, tornando o Brasil vulnerável a oscilações internacionais. Ao produzir fertilizantes nitrogenados e seus componentes — como ureia, amônia e sulfato de amônia — em território nacional, a Petrobras contribui para fortalecer a agricultura brasileira e reduzir nossa dependência externa.
A reabertura da Fafen foi alvo de campanha da esquerda sergipana na bancada federal e da FUP, que representa sindicatos ligados à Petrobras. Segundo a FUP, serão criados 2.400 empregos diretos e indiretos. Apesar do avanço, a FUP alerta que, por conta da perda de cerca de 40 mil trabalhadores nos últimos governos, será necessário contratar empresas para operar as unidades no início, mas defende que se priorize a convocação de concursados e a realização de novos concursos para recompor o quadro da estatal.
É importante salientar, nesse momento de celebração, que a retomada da FAFEN representa a recuperação de algo que nunca deveria ter saído das mãos da estatal. Que a política de fortalecimento da Petrobras continue, e que novos investimentos da estatal em Sergipe sejam anunciados quanto antes pelo governo federal.
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