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Foto do escritorAndré Carvalho

Cobranças públicas de Lula a Márcio Macêdo põem em xeque a competência do ministro

Foto: Ricardo Stuckert

Márcio Macêdo (PT) é figura recorrente nas cobranças do presidente Lula (PT). Apesar disso, o ministro parece não compreender a importância de reformar sua própria atuação política-administrativa para tentar colher algo positivo de sua estadia no Planalto. 


Ter sua competência questionada publicamente deve ser o pesadelo de qualquer profissional, entretanto, essa tem sido uma constante na caminhada do ministro Macêdo. Aqui no Sergipense cobrimos algumas dessas chamadas públicas, sempre regadas de sorrisos “amarelos” do ministro.  


Ontem, 10, em cerimônia pública no Palácio do Planalto, o presidente Lula tornou a demonstrar preocupação acerca da capacidade de Márcio Macêdo lidar com as demandas de sua pasta. A desconfiança do presidente se direcionou à condução do Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica (CIISC), coordenado pela secretaria comandada por Márcio.


Durante o evento, o presidente anunciou investimentos de mais de 425 milhões de reais em programas que atendem aos catadores de materiais recicláveis e demonstrou preocupação com a real efetividade do Comitê. Lula cobrou que Márcio tenha responsabilidade na coordenação e se esforce para os ministros participarem das reuniões do Comitê, sem o entregar a funcionários de terceiro escalão, visando o sucesso na implementação dos recursos disponibilizados. 


A fala vem precedida de outras críticas públicas de Lula a Márcio, despertando curiosidade que o presidente Lula sinta a necessidade de chamar a atenção de um ministro sobre algo tão simples como reuniões de um Comitê. Perceba, caro leitor, que não estamos falando do PAC ou de grandes campanhas de vacinação, mas o bom funcionamento de reuniões. 


Apesar de a fala de Lula demonstrar desconfiança com a capacidade do ministro cumprir suas obrigações à frente da Secretaria-Geral, à imprensa, o ministro ressaltou que, diferentemente do que Lula afirmou, o Comitê não prevê a participação direta dos ministros e contemporizou o constrangimento.


Com a repetição desses acontecimentos, é fundamental que o ministro analise sua atuação e se esforce para demonstrar mais interesses com as matérias de sua pasta. Caso não consiga reverter sua jornada, a marca que restará de Márcio no Planalto será, como pontuou Natuza Nery, “uma pincelada branca numa parede branca”.



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