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Governador, vice e deputados estaduais de Sergipe acumulam 4 reajustes em 3 anos, enquanto servidores públicos ficam para trás

Foto do escritor: André CarvalhoAndré Carvalho
Foto: assessoria
Foto: assessoria

Diferentemente do que ocorre com os demais servidores públicos, o governador, o vice-governador e os deputados estaduais de Sergipe foram beneficiados no final da legislatura passada com uma lei que garantiu quatro reajustes salariais ao longo de três anos. Graças aos projetos enviados pelo então governador Belivaldo Chagas (Podemos), no último sábado esses políticos receberam um aumento de pouco mais de 5% em relação ao salário de janeiro.


A proposta, encaminhada por Belivaldo à Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e aprovada pelos deputados no final de 2022, prevê quatro reajustes em três anos, mas exclui 2026, ano eleitoral, de qualquer aumento. A intenção, possivelmente, era evitar polêmicas que prejudicassem a reeleição de aliados, como o atual governador Fábio Mitidieri.


Quando Fábio Mitidieri assumiu o cargo de governador, em 2023, viu o salário sair de R$ 35.462,22 para R$ 39.293,32. Com o último reajuste, de 1º de fevereiro de 2025, o salário de Mitidieri saltou para R$ 46.366,19, tornando-se o maior do país entre os governadores e equiparando-se ao vencimento do Presidente da República.


O vice-governador Zezinho Sobral (PSB) também foi agraciado. Enquanto a vice-governadora anterior recebia um salário de R$ 25.322,25 em dezembro de 2022, o atual vice-governador receberá R$ 39.411,26 em fevereiro de 2025, um reajuste acumulado de mais de 55,6% — sendo o maior reajuste entre os três cargos citados.


Os deputados estaduais, como o líder do governo Cristiano Cavalcante (União), receberão R$ 34.774,64 neste mês. Se comparado com o salário da legislatura passada, o aumento chega próximo a R$ 10 mil.

Conhecido por comandar uma gestão austera com o servidor público quando governador, Belivaldo Chagas não teve a mesma postura em relação ao então correligionário. O envio do projeto que garantiu os reajustes no salário de Mitidieri só se deu após a vitória dele, um aceno para o governador que indicaria seu genro ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe no primeiro ano do mandato. 


É lamentável que Sergipe priorize reajustes anuais e segurança financeira para os políticos, enquanto nega os mesmos direitos aos servidores públicos. Uma realidade vergonhosa, que evidencia a desigualdade e a injustiça no tratamento entre os poderosos e os trabalhadores.

https://www.sergipense.com.br/andre-carvalho

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