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Maioria da bancada sergipana se posiciona a favor da anistia aos golpistas

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • 2 de abr.
  • 2 min de leitura
Fotos: Câmara e Senado
Fotos: Câmara e Senado

A democracia é um sistema que, por sua própria natureza, precisa de constante defesa e do fomento de seus valores. Nos últimos anos vemos, no mundo e no Brasil, o avanço de discursos antidemocráticos calcados nos mais diversos absurdos, aparelhando receios sociais em seus projetos autoritários. No Brasil, a face desse projeto tem sido o bolsonarismo.


O projeto bolsonarista tem como parte intrínseca o combate a democracia, foi isso que seu líder sempre representou nos diversos mandatos de deputado federal e, também, à frente da presidência — questionando a própria eleição. Aqueles que seguem o bolsonarismo com fanatismo não desconhecem essa característica, chegando a ser parte central de sua argumentação.


O projeto bolsonarista, tirado do comando do Executivo Federal pelo povo brasileiro, tomou as frentes de quartéis pedindo abertamente o apoio dos militares ao golpe que publicamente defendiam. Não estavam enganados e não estavam sem saber do que se tratava. Quem acampou nos quartéis e destruiu as sedes dos três poderes no 8 de janeiro de 2023 o fizeram exigindo um golpe. Quem os trata como inocentes que não sabiam o que estavam a fazer coloca em questionamento a própria inteligência.


Em 2022,  67,21% dos sergipanos decidiram que Lula (PT) comandaria o país e a tentativa de golpe visava retirar o direito desses eleitores de decidirem seu governo. Apesar disso, a bancada sergipana tem construído maioria para anistiar quem tentou usurpar a soberania dos sergipanos e dos brasileiros. 


Da bancada sergipana na Câmara dos Deputados, metade já se posicionou a favor da anistia e apenas o deputado João Daniel (PT) se posicionou contra. Nitinho (PSD), Ícaro de Valmir (PL), Rodrigo Valadares (União) e Thiago de Joaldo (PP) declaram publicamente o apoio à anistia. A assessoria da deputada Katarina Feitosa (PSD) informou ao Sergipense que a deputada continua avaliando qual posicionamento adotará, enquanto Gustinho Ribeiro (Rep) e Yandra de André (União) se recusaram a responder — mas tendem a apoiar o pedido de anistia ou faltarem à votação. 


No senado, Rogério Carvalho (PT) se posicionou contra a anistia, enquanto Laércio Oliveira (PP) se posicionou favoravelmente. O senador Alessandro Vieira (MDB), ao ser questionado sobre o posicionamento acerca da anistia, desconversou ao falar de um projeto que apresentou e não deixou claro como votará caso o PL 2858/22 chegue ao senado.


É constrangedor ver que os eleitos pela democracia para representar o povo sergipano minimizam, com exceção dos dois parlamentares do PT, o ataque à democracia. Não tentaram “apenas” tirar Lula da presidência, o que estava em jogo era maior. Queriam roubar de todos os brasileiros o direito de exercer e viver numa democracia. Ao tratarem isso como coisa menor, desrespeitam o povo que elegeu cada um deles.


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