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Prefeito de Socorro ganha reajuste de 25% no próprio salário, mas nega recomposição justa aos servidores

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura
Foto: Jéssica Nonato
Foto: Jéssica Nonato

Samuel Carvalho (MDB), prefeito de Nossa Senhora do Socorro, viu o salário do cargo que ocupa ter um aumento de 25% em janeiro deste ano — saindo de 35 mil para 44 mil reais. O salário de Samuel fica muito próximo dos 46 mil reais que recebe o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri. Comparando com os 29 mil reais que Emília Corrêa (PL) recebe para administrar Aracaju, fica evidente que o salário de Samuel está fora da realidade que ele mesmo prega para o município. 


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Enquanto o prefeito não pode reclamar de salário, os servidores reivindicam reajuste que recomponha a perda inflacionária e tiveram sua reivindicação negada pelo político do MDB. A gestão de Samuel decidiu por um reajuste de 4,2% no salário dos servidores, percentual abaixo da inflação acumulada no ano passado.


Em maio, sincatos como o SINTASA (Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe), o SINDSOCORRO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nossa Senhora do Socorro), o SIGMS (Sindicato da Guarda Municipal), o SINODONTO (Sindicato dos Cirurgiões Dentistas) e o SEESE (Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe) fizeram uma paralisação reivindicando um reajuste digno aos servidores. De acordo com os relatos, na última década, pegando gestões de Fábio Henrique (União) e Padre Inaldo (PP), houve uma perda acumulada, sendo necessária a recomposição de 32% nos salários. A decisão do prefeito de dar um reajuste abaixo da inflação afeta frontalmente a necessidade de valorização dos servidores daquele município.


Janderson Alves, presidente do SINTASA, afirma que a proposta apresentada pela gestão é a mesma que já havia sido rejeitada anteriormente. “Os 4,2% propostos não condizem com a realidade dos servidores. A categoria reivindica 32% de reajuste, com base nas perdas acumuladas. Além disso, fomos deixados esperando, sem qualquer avanço na negociação. Isso é um claro desrespeito com os trabalhadores”, afirmou.


Segundo Samuel, a decisão de sequer recompor a perda inflacionária vem ocasionada por retenções. Somente em maio, 14 milhões de reais ficaram retidos, segundo o gestor. Entretanto, o argumento perde força política, pois, isso não impossibilitou o aumento do salário do seu cargo. Soma-se a isso a acusação dos sindicatos de aumento no número de contratados e de gratificações a aliados políticos.


Dessa forma, Samuel segue os passos de Fábio Mitidieri, governador que recebe o maior salário do país enquanto terceiriza o Estado. Talvez ano que vem vejamos em Socorro um aumento maior do que a inflação, visto que seus líderes políticos, Fábio Mitidieri, André Moura (União) e Alessandro Vieira (MDB), irão às urnas e precisarão dos votos dos socorrenses.



Matéria derivada da produção audiovisual do Sergipense. Com informações do SINTASA.


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