Primo de Fábio Mitidieri assume cargo na Executiva Nacional do PSB; vice-governador fica de fora
- André Carvalho
- há 3 dias
- 2 min de leitura

No último domingo, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) definiu as novas composições do Diretório Nacional e da Executiva Nacional. O congresso, que confirmou João Campos como presidente e Geraldo Alckmin como vice-presidente da legenda, também expôs o desprestígio político do vice-governador de Sergipe.
Dentro da estrutura nacional do PSB, existem dois colegiados: o Diretório Nacional e a Executiva Nacional. O primeiro é formado por 145 membros, englobando lideranças locais e nacionais, e tem a missão de traçar as diretrizes partidárias. Já a Executiva Nacional é composta por 55 integrantes — todos automaticamente fazem parte do Diretório — e se reúne com mais frequência para deliberar sobre as principais ações do partido.
Para o Diretório Nacional, foram escolhidos Zezinho Sobral (vice-governador), Cláudio Mitidieri (primo do governador de Sergipe e secretário estadual de Saúde) e Tathiane Araújo (representante do setorial LGBT). O vereador Elber Batalha, de Aracaju, que se dedica ao PSB há décadas, acabou fora da lista principal, figurando apenas como suplente. Na Executiva Nacional, foram confirmados apenas Cláudio Mitidieri, na cadeira de Secretário Nacional Especial, e Tathiane Araújo, pela secretaria LGBT.
A inclusão de Cláudio Mitidieri na Executiva, em vez de Zezinho Sobral, revela quem, de fato, detém o comando do partido em Sergipe. Zezinho Sobral acumula postos importantes — é vice-governador, secretário estadual de Educação e presidente estadual do PSB, além de ostentar um histórico consistente de vitórias eleitorais. Do outro lado, Cláudio Mitidieri, primo do governador Fábio Mitidieri, preside o diretório de Aracaju e exerce a Secretaria Estadual de Saúde. Mesmo sem o mesmo peso eleitoral, Mitidieri levou vantagem sobre Sobral, indicando que, nessa disputa interna, o sobrenome governamental fala mais alto.
Com o café aguado e gelado, Zezinho sabe que não pode fingir mandar no partido e, agora, só lhe resta brigar pelo seu retorno à Alese, visto que dificilmente o partido irá brigar por sua recondução no cargo de vice-governador. Caso Zezinho negue a realidade, pode construir tardiamente sua campanha de deputado estadual e obter um resultado aquém de um candidato que possui capital familiar e que ocupa a vice-governadoria do estado.
コメント