A Universidade Federal de Sergipe (UFS), em parceria com a prefeitura de Itabaiana, realiza estudos para desenvolvimento do Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD) para a área do antigo lixão do povoado Terra Dura.
Fechado desde 2018, atendendo às necessidades estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010). Inicialmente, a política previa o fim dos lixões até o ano de 2014, porém, com as dificuldades apresentadas pelos municípios, a lei foi alterada estendendo o prazo para 2021 no caso de capitais ou regiões metropolitanas e 2023 para cidades que, assim como Itabaiana, tinham entre 50.000 e 100.000 habitantes no Censo de 2010.
Atualmente, a prefeitura de Itabaiana isolou a área de cerca de 4 hectares, para enfrentar os efeitos deixados por 60 anos de atividade do lixão. No espaço, tomou as medidas para evitar a proliferação de vetores de doenças e a saída desordenada de biogás. Além disso, é realizado o trabalho de drenagem das águas superficiais para evitar que áreas vizinhas sejam contaminadas.
Com o fechamento do lixão, Itabaiana passou a fazer parte do Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos com os municípios que fazem parte do Consórcio do Agreste Central Sergipano. Além de Itabaiana, Carira, Pinhão, Nossa Senhora Aparecida, São Miguel do Aleixo, Cumbe, Pinhão, Frei Paulo, Ribeirópolis, Nossa Senhora das Dores, Pedra Mole, Macambira, Moita Bonita, Siriri, São Domingos, Campo do Brito, Areia Branca, Riachuelo, Malhador, Santa Rosa de Lima e Divina Pastora formam o consórcio.
Como parte das ações relativas ao fechamento do lixão, foi criada a Cooperativa de Catadores de Reciclagem para que as famílias que trabalhavam com a reciclagem pudessem desenvolver suas atividades.
Com a implementação das ações iniciais, a elaboração do PRAD servirá de base para o município definir quais os próximos passos para o local. O PRAD reúne uma equipe multidisciplinar de diversos departamentos para o cumprimento das etapas do Termo de Referência feito pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).
Gregório Guirado Faccioli, professor do departamento de Engenharia Agrícola da UFS, estipula que em três meses já se tenha um plano economicamente viável para apresentar à prefeitura. Já o professor José Jailton Marques, do departamento de Engenharia Ambiental, explica, dentre as análises, há uma varredura de eletrorresistividade para a identificação dos pontos para os quais os percolados estão se depositando, para, com isso, identificar se há contaminação do lençol freático e das demais áreas.
Ao fim, o PRAD indicará as medidas necessárias para dirimir efeitos das externalidades daquela atividade para o meio ambiente, inclusive para a redução da emissão de gases. Atualmente, não se sabe se o terreno poderá ser reaproveitado, segundo informações da prefeitura, a indicação do que realizar no espaço, como a criação de um parque ecológico com espécies resistentes às condições do local, dependerá de indicação dos próprios pesquisados.
Com informações da Prefeitura de Itabaiana.