8 categorias se reúnem em ato contra o desmonte do SUS promovido por Fábio Mitidieri e Emília Corrêa
- André Carvalho

- 24 de out.
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Como parte do processo de luta dos trabalhadores da saúde, na última quinta-feira, 17, foi realizado mais um ato contra a entrega do SUS às Organizações Sociais (OSs). Em frente ao Palácio dos Despachos, oito categorias de trabalhadores da saúde realizaram manifestação contra o desmonte do SUS em Sergipe.
Durante o ato unificado, foram realizadas assembleias dos sindicatos SEESE, SINODONTO, SINPSI, SINFITO, SINDASSE, SINDIFARMA, SINDINUTRISE e SINTAMA, que fazem parte da “Frente Ampla Contra Organizações Sociais em Sergipe, em Defesa do Concurso Público”. O ato contou com trabalhadores de Propriá, Nossa Senhora da Glória, Neópolis, Itabaiana, Simão Dias e Estância.
Em assembleia, os trabalhadores decidiram que não aceitarão nenhuma proposta apresentada pelo Governo de Sergipe, visto que não garante os direitos trabalhistas nem a estabilidade dos profissionais. Após a assembleia, os trabalhadores seguiram em caminhada até a Unidade de Saúde da Família Dona Sinhazinha, onde receberam apoio do conselho local de saúde da UBS.
O Sergipense esteve no ato e foi possível identificar a resiliência dos trabalhadores da saúde, sobretudo das trabalhadoras — maioria das presentes. Apesar de reunir uma ampla diversidade de áreas profissionais, como assistentes sociais, enfermeiros e técnicos, psicólogos, nutricionistas, odontologistas, fisioterapeutas e farmacêuticos, o ato contou com um apoio tímido da classe política.
A pouca presença de políticos não diminui o ato; pelo contrário, reforça o caráter de resistência desses trabalhadores, que lutam com vigor, mesmo sob adversidade, em defesa não apenas da dignidade profissional, mas para que a saúde não seja transformada em mero instrumento de benefício para empresários e políticos, em detrimento da qualidade e do caráter público do serviço.
O processo em curso, liderado por Fábio Mitidieri (PSD) e Emília Corrêa (PL), encontra apoio e cumplicidade em deputados estaduais, deputados federais, senadores, prefeitos e vereadores que indicam profissionais para cargos que deveriam ser ocupados por concursados ou exercem influência sobre esses contratos. Enquanto a classe política insistir em terceirizar responsabilidades, caberá à sociedade lembrar que o SUS é um direito, não um negócio.






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