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Foto do escritorAndré Carvalho

Belivaldo Chagas pode ser nome de consenso no bloco governista para a prefeitura de Aracaju


Edvaldo Nogueira e Belivaldo Chagas
Foto: Arthur Soares

A disputa pela sucessão de Edvaldo Nogueira, PDT, começou já em 2022, quando alguns políticos usaram o pleito para medir a força na capital ou reforçar o nome politicamente. Nenhum dos nomes testados pelo agrupamento governista se mostrou imbatível em Aracaju, o que provocará uma disputa mais acirrada pela indicação do grupo.


Um nome testado, que se elegeu para deputada federal, mas não empolgou o eleitorado aracajuano, foi de Katarina Feitoza, PSD, considerada aposta do ex-governador Belivaldo Chagas, PSD. Katarina obteve um resultado muito próximo ao do candidato de Edvaldo na capital. A então vice-prefeita obteve 16.938 votos, pouco menos dos 17.853 votos de Luiz Roberto, PDT, que contou com todo apoio e suor do prefeito.


Além disso, o péssimo desempenho de Edvaldo na transferência de votos pros seus candidatos coloca seu apoio como mais questionável. O prefeito terá peso na decisão, mas a questionabilidade da sua decisão pelo grupo ficou mais factível depois do fechamento das urnas.


Nomes de praticamente todos partidos da base governistas estão se movimentando para ocupar a cabeça de chapa. No PSD, Katarina e Nitinho são cotados, o PDT conta com Luiz Roberto e a secretária de saúde da capital, Wanesca Barboza. O União Brasil pode lançar o bolsonarista Rodrigo Valadares e, no PP, o vereador Fabiano Oliveira já anunciou que está no páreo.


No segundo turno da última eleição, o Podemos adentrou no clube governista. O partido conta com Danielle Garcia, que saiu de duas derrotas consecutivas com votações significativas, o que seria suficiente para concorrer. Pesa a favor de Danielle a relação com a primeira dama do governo de Sergipe e com o grupo do senador Alessandro Vieira, PSDB.


Pela quantidade de nomes citados, que certamente alguns foram esquecidos, pode-se perceber que dificilmente um desses nomes será indicado sem que, com isso, relações saiam fissuradas na base governista. Algo similar aconteceu com o PT em 2020, que rompeu especificamente com o prefeito de Aracaju e posteriormente com toda base governista.


Nesse contexto, o nome de Belivaldo Chagas, que, acertadamente, está descansando sua imagem, pode ser chamado à mesa. O ex-governador seria um nome menos contestável pelos líderes das siglas que compõem a base de Edvaldo Nogueira e Fábio Mitidieri, PSD. Em entrevista à Sim FM o governador chegou a confirmar a possibilidade de Belivaldo concorrer à prefeitura da capital.


Além da aceitação entre os líderes, Belivaldo assumirá a presidência do PSD em Sergipe, sigla que vem em ritmo de crescimento no estado. Em 2020, chegou a eleger 20 dos 75 prefeitos do estado, além de vereadores e vices, como Katarina Feitosa, em Aracaju. Em 2022, manteve o governo de Sergipe e ampliou as bancadas na ALESE e na Câmara Federal.


Com uma situação de liderança consolidada no estado, não será estranho caso o PSD recorra ao nome do ex-governador Belivaldo Chagas para resolver o imbróglio da eleição na capital no próximo ano. Contudo, cabe ao correr das águas ver se será suficiente para conter a onda antigovernista que demonstrou força na capital no primeiro turno da última eleição. Convencer os líderes partidários pode não ser suficiente para convencer os eleitores.


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