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Com a esquerda sem nome ao governo, Valmir de Francisquinho segue sendo única ameaça à reeleição de Mitidieri

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • 9 de jun.
  • 2 min de leitura
Foto: Sérgio Francês/MPOR
Foto: Sérgio Francês/MPOR

Vivenciamos um período de fracos políticos que, não sabendo o real significado de grandeza política, se prostram aos pés de qualquer que seja o governante em troca de cargos que lhes dão a falsa sensação de relevância. Num contexto assim, ser oposição torna-se ainda mais desafiador, pois, as ideias são insuficientes para aglutinar, tanto é, que a cada dia que passa menos atores permanecem contrários ao governo de Fábio Mitidieri (PSD).


Na oposição,  Valmir de Francisquinho (PL) e Rogério Carvalho (PT) se destacam na tentativa de fazer contraponto ao governo Mitidieri. A ambos tenho críticas a algumas decisões acerca da condução dessa oposição, porém, se destaca como um desafio comum a ambos serem desautorizados, em diversos momentos, por seus próprios partidos. Apesar disso, com suas dificuldades, mantiveram-se resistentes a ideia de parasitar o governo — algo que faltou a muitos que os apoiaram em 2022.


Mirando sua reeleição ao senado, Rogério já se retirou da disputa pelo governo em 2026 e diminuiu, assim, a relevância de seu nome em pesquisas para o cargo — falarei da esquerda em textos posteriores. Em perspectiva oposta, Valmir alimenta a ideia de que poderá disputar o governo no próximo ano, incentivando e sendo incentivado por bons números nas pesquisas eleitorais divulgadas e de bastidores.


Sendo visto por, no mínimo, um terço do eleitorado como próximo governador de Sergipe, Valmir mantém uma oposição sem muita voracidade, até porque precisa administrar Itabaiana, mas também sem recuos. A ressalva de Valmir com Mitidieri vai além de 2022, ambos são rivais de muitos pleitos em Itabaiana.


Tendo sido o mais votado em 2022 e retirado da disputa por questões jurídicas, Valmir sabe que pode ganhar e não levar novamente e são essas duas ideias que, respectivamente, perturbam e acalmam o grupo governista. Hoje, conforme os números, somente Valmir poderia ameaçar a recondução de Mitidieri.


Na direita, não há outro nome competitivo. Thiago de Joaldo (PP) e Ricardo Marques (CID) flertaram com o governo e não demonstram fôlego para uma disputa majoritária. A força poderia vir do apoio de Valmir, mas pouco sentido faria apoiar esses dois nomes tendo Adailton Souza (PL), que administrou Itabaiana, e Georgeo Passos (CID), que há décadas sustenta uma oposição qualificada, ao seu lado.


Com a habilidade de construir alianças políticas de Mitidieri, só restou Valmir com força real para fazer frente a reeleição dele. Entretanto, é preciso que Valmir não apenas faça sua pré-campanha como, também, comece a apostar em nomes que representem o sentimento de seus eleitores para apresentar uma candidatura minimamente competitiva. Caso não o faça, Sergipe corre o risco de, sem forte candidatura da esquerda e da direita, assistir a uma vitória de Mitidieri antes mesmo da eleição.


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