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PT empossa Rogério Carvalho, esquece Mitidieri e despeja críticas em Emília Corrêa

  • Foto do escritor: André Carvalho
    André Carvalho
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 3 dias

Foto: Janaína Santos
Foto: Janaína Santos

No último sábado, 6, com a presença do presidente nacional do partido, o PT de Sergipe empossou seu novo presidente estadual e também os presidentes de diretórios municipais. Pelos posicionamentos, os petistas parecem ter esquecido a intenção de disputar o governo estadual e reforçaram, em uníssono, a necessidade de reeleger seus atuais mandatários em Sergipe.


Rogério Carvalho foi empossado em clima de festa e em ritmo de pré-campanha à reeleição no Senado. Os discursos giraram em torno da recondução de Lula, Rogério, João Daniel e Chico do Correio. Entre muitas falas, somente Carol Rejane, presidenta da CUT de Sergipe, ousou levantar críticas ao governador Fábio Mitidieri (PSD). Os demais, que até pouco tempo vociferavam contra o governador, parecem ter sofrido um apagão de memória — e, com ele, a coragem de criticar.


É particularmente curioso que Rogério Carvalho, que um dia enfrentou a privatização da Deso, denunciou perseguição política e o desmonte do SUS, não tenha encontrado motivos para cutucar o governador.


Quem também marcou presença foi a deputada psolista Linda Brasil. Para quem conhece sua trajetória, não foi pouca coisa encarar um evento estadual no qual o protagonista era Rogério Carvalho. Linda subiu ao dispositivo, mas não deram espaço para discursar. O PT preferiu negar-lhe a palavra, enquanto garantiu espaço para o presidente municipal do PV de Aracaju.

Linda Brasil (PSOL) ao lado de Carol Rejane (PT). Foto: Janaína Santos
Linda Brasil (PSOL) ao lado de Carol Rejane (PT). Foto: Janaína Santos

Um fato curioso é que recentemente o PSOL sergipano fez acenos ao PT na intenção de construir uma aliança no estado, porém, nem a presença de Linda conseguiu fazer o PT mencionar esse tópico. Como, na política, o silêncio fala alto, o partido deixou claro que sua intenção não é mais disputar um projeto de Sergipe, mas, somente, garantir alguns mandatos.


Derrotados nas urnas petistas, o grupo de Márcio Macêdo e Eliane Aquino não marcou presença no evento. 


O tom do encontro foi centrado no combate ao bolsonarismo e na resistência às campanhas de anistia — prioridades nacionais. Mas parecia haver uma certa ingenuidade: como se fosse possível resolver o Brasil sem resolver Sergipe. Embora o PT tenha dito que lançará candidatura ao governo, essa hipótese sequer foi mencionada no evento. No campo estadual, o único alvo de críticas foi Emília Corrêa (PL).


Da plateia, a impressão foi que o PT corre atrás de Mitidieri na esperança de receber o que o governador estiver disposto a oferecer. Só que, por enquanto, não há clima de aliança. Mitidieri não tem o que ganhar com isso — pelo contrário, perderia parte do eleitorado bolsonarista e entraria na polarização que sempre evitou. Com isso, o PT arrisca encolher seu valor político, deixando de ser um opositor incômodo e corre o risco de, justificando o foco na reeleição de Lula, acabar pavimentando a reeleição de um projeto que, em Brasília, mantém o próprio Lula refém.

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